Partilhar
‘Ocupação Zona Mundi’, prévia de festival em maio, leva música e visuais ousados ao MAC aos sábados de janeiro
https://atarde.com.br/
dom, 14th janeiro 2024 at 12:00

Trazendo muita música, cultura e arte eletrônica, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Bahia sedia desde o sábado passado (6), a ocupação do Festival Zona Mundi, circuito eletrônico de som e imagem que desenvolve narrativas artísticas audiovisuais.
O evento no MAC se repete todos os sábados do mês de janeiro (amanhã, 13, e nos dias 20 e 27).
O projeto conta com o núcleo de música do festival, a banda Radio Mundi, e convidados, unindo a música eletrônica e orgânica, utilizando elementos genuínos da cultura brasileira e sua convergência com outros elementos sonoros do mundo contemporâneo.
Criado e organizado por Vince Athayde, ex-integrante da antiga banda Lampirônicos, o Zona Mundi busca fazer esse grande encontro de artistas de diversos estados brasileiros em experiência de divulgação e crescimento do público.
“Quando eu cantava no Lampirônicos já tínhamos um projeto, onde a banda era o
cicerone que convidava artistas de outros estados e artistas visuais para compor o cenário. A banda acabou e eu decidi ampliar essa ideia para outros artistas e expandir a experiência do público”, conta Vince. “Hoje é um dos festivais do espectro ‘independente’ com mais edições na Bahia. Estamos aí desde 2009”.
A temporada de janeiro no MAC funciona como prévia da 9ª edição do festival, que será realizada em maio. A ocupação do Zona Mundi, além da música, ainda conta com a intervenção de participantes das oficinas de Live Coding Visual, realizada no próprio MAC.
As intervenções acontecem através de experimentações com códigos criativos enquanto a Radio Mundi e convidados fazem sua performance musical. Essa mescla da música, com o visual e o tecnológico traz um grande desafio de curadoria, mas que traz uma grande satisfação artística para a organização.
“Essa é a melhor parte. A curadoria. Buscar o encontro dos artistas musicais com os
visuais. Buscar esse roteiro para os vídeo-cenários, e compor instalações no ambiente que coloque o público em cena também”, comenta Vince.
Apesar de ser um gênero artístico relativamente recente, a arte eletrônica tem visto um grande crescimento desde seu surgimento, ramificando para diversos cantos da música atualmente, desde o pop até o sertanejo. Apesar de não achar que há um preconceito com a música eletrônica, Vince reconhece a baixa visibilidade da
arte eletrônica. “Não vejo mais preconceito com a música em si. A música eletrônica, com o acesso aos meios de produção, virou popular. O trap, o rap, o pagotrap, o funk, é tudo eletrônico! A música popular hoje passa pelo eletrônico. Até o sertanejo, hoje, utiliza base eletrônica. Agora, se formos falar de estética, aí a conversa é outra”, pontua Athayde.
Essa prévia no MAC traz muito otimismo para o produtor, que já trabalhou previamente como diretor do museu, Daniel Rangel, no festival, gerando umespaço de diálogo forte entre a instituição e o projeto. “O MAC nasceu pra ser um espaço da arte contemporânea. Daniel Rangel, diretor, já faz curadoria para arte eletrônica há muito tempo. Inclusive, no início do Zona Mundi, foi uma espécie de consultor do processo.
Estar num espaço onde a gestão compartilha da mesmas ideias é muito bom”, celebra.
Chegando com essa prévia para o festival de maio, Athayde comenta sobre as expectativas para a edição deste ano, com grande ênfase, em especial, no início de um intercâmbio cultural maior que será promovido pelo festival.
Além disso, o hack criativo deste ano promete trabalhar com o tema de como a tecnologia pode ajudar na carreira de novos artistas baianos. “Este ano, vamos nos dedicar a iniciar, principalmente, o intercâmbio com a África e com países da língua portuguesa.
Firmamos uma parceria com o Projeto Marimba, que trabalha na área de pesquisa,
formação e difusão de trabalhos artísticos na Guiné, Moçambique, Angola e Timor-Leste. O Zona Mundi, hoje, é parceiro oficial deles no Brasil”, detalha Vince.
“Além do intercâmbio entre países da língua portuguesa, o hack criativo do Zona Mundi trabalhará para entregar soluções e tecnologia para gestão de carreiras de artistas baianos e ampliar a perspectivas de negócios com compradores nacionais e internacionais”, acrescenta.
Na expectativa para o festival em maio, a Ocupação Zona Mundi vem trazendo música
mais livre, com músicos e artistas novos que saem do padrão música instrumental para
o verão baiano com abordagens incomuns e a oportunidade de ver a arte nova.
OCUPAÇÃO ZONA MUNDI / HOJE COM A BANDA RESIDENTE RADIO MUNDI, MAIS DJ
MANGAIO, A CANTORA E CLARINETISTA VANESSA MELO E O GUITARRISTA JORDI
AMORIM / SÁBADOS DE JANEIRO: AMANHÃ, 20 E 27/01, 17H / MUSEU DE
ARTE CONTEMPORÂNEA DA BAHIA (R. DA GRAÇA, 284 - GRAÇA) / GRATUITO
https://atarde.com.br/
Last news
Patche de Rima, embaixador de Marimba, é atração internacional no Afropunk 2023 em Salvador e no TUM FESTIVAL em Florianópolis
Conexão Magazine
qua, 1th novembro 2023Artistas de Angola, Guiné e Moçambique entre os vencedores do projeto Marimba
Bantumen
ter, 17th outubro 2023Marimba Gathering Lisboa na RTP África
qui, 27th outubro 2022
Stewart Sukuma no programa Juntos a Tarde - TVM
TVM
qui, 24th março 2022Related news

AFROPUNK Brasil 2025 anuncia encontro inédito de Sister Nancy e BaianaSystem
Groovin Mood
ter, 10th junho 2025
AFROPUNK Brasil apresenta encontro inédito entre Sister Nancy e BaianaSystem
Dois Terços
ter, 10th junho 2025
Patche Di Rima No Coliseu Dos Recreios Com Uma Noite Inteira Dedicada À Cultura Da Guiné-Bissau
Economias/a
seg, 7th outubro 2024
Festival em Piracicaba reúne Matt Sorum, Macy Gray e Agnes Nunes
Igor Miranda
qui, 22th agosto 2024Newsletter area
By submitting the form, you agree to the Privacy Policy